É hora de luta 128

Há uma preocupação dos empresários da indústria da construção civil quanto à permanência do aeroporto Dix-sept Rosado onde está. E é legítima.

Há uma linha de raciocínio que leva à estagnação do setor imobiliário da cidade. Explica-se: o Plano Geral de Aviação, que está inserido na portaria do Comando Aéreo Regional (COMAR) para Mossoró, cria uma série de restrições para edificações no raio de 44 quilômetros em torno do aeroporto.

Nessa área, chamada de zona interna de aproximação, as construções só podem alcançar um limite de 45 metros de altura, a partir do nível da pista do aeroporto.

Isso significa um prédio de no máximo 15 andares, se a área de construção estiver no nível da pista de pouso e decolagem.
Como o aeroporto é localizado numa das áreas mais baixas da cidade, a altura máxima dos prédios cai consideravelmente.

O mais grave, porém, é que a zona interna de aproximação não se limita aos bairros Aeroporto e Nova Betânia, à medida que o raio se estende por quase toda a cidade.
Para se ter ideia, as limitações atingem bairros da zona leste, como Alto de São Manoel, Costa e Silva, entre outros.

Diante das limitações determinadas pela Comar e da falta de um novo plano para Mossoró, a Prefeitura suspendeu a emissão de alvarás desde o segundo semestre de 2011.

Quase uma dezena de empreendimentos estão na gaveta, esperando pela liberação.

Por consequência, a construção civil começa a sentir os efeitos da crise, com o fechamento de postos de trabalho.

E qual a saída para o problema? Duas: 1 - O projeto de revitalização do aeroporto, como defende o Governo do Estado, deve considerar a viabilidade econômica da área imobiliária, não permitindo as restrições que vigoram até aqui; 2 - A construção do aeroporto em outra área da cidade, como a coluna vem defendendo há tempo. Então, que as autoridades busquem a melhor solução. Agora, porque é hora de luta.

Fonte:  Coluna César Santos – www.defato.com