Arquivo - III

Leia matéria publica no site do jornal O Mossoroense, do dia 8 de agosto de 2013, sobre a agenda da então ministra da Casa Civil, do Governo Federal, Dilma Rousseff - hoje presidente da República quando ao lado da então prefeita de Mossoró, Fafá Rosado e da então governadora do Estado, Wilma de Faria, ela anunciou a construção do Complexo Viário da Abolição. Note no trecho em que registra as autoridades presentes, o jornalista Bruno Barreto, nem ao menos cita o nome da hoje governadora Rosalba Ciarlini, que ao que parece não participou do ato público. Aos fatos:

Bruno Barreto
Editor de Política

A maioria das principais lideranças políticas do Rio Grande do Norte esteve presente na solenidade de lançamento das obras de construção do Complexo Viário da Abolição e da adutora Mossoró/Apodi.

Os dois projetos foram apresentados por secretários do Governo do Estado. Primeiro, foi o titular da Infraestrutura, Dâmocles Trinta, que falou dos investimentos na ordem de R$ 60 milhões para a construção do complexo viário, beneficiando os moradores dos conjuntos Abolição e Santa Delmira, ao longo das margens da BR-304. Além da construção de cinco viadutos, um trecho de 17km será duplicado e o alargamento de umas das pontes que passam sobre o rio Mossoró.

A apresentação da obra da adutora ficou a cargo do secretário estadual de Recursos Hídricos e Meio Ambiente e vice-governador, Iberê Ferreira de Souza (PSB). A obra beneficiará Mossoró, Governador Dix-sept Rosado, Apodi e Felipe Guerra. Serão 92 metros cúbicos e 600 milímetros de diâmetro em seus canos por onde passarão, segundo dados oficiais, 4,44 metros cúbicos/hora de água, que sairá da barragem de Santa Cruz. "Mossoró é a locomotiva do desenvolvimento do Rio Grande do Norte, com suas riquezas naturais e universidades, mas tem um abastecimento de água altamente precário. Essa obra resolverá esse problema", disse. A obra custará R$ 230 milhões aos cofres públicos.

O vice-governador lembrou que assumirá o Governo do Estado no próximo ano, quando a governadora Wilma de Faria (PSB) se desincompatibilizar do cargo, e garantiu que concluirá a obra. "A ministra e a governadora sempre foram muito zelosas com obras como essas. Ano que vem devo assumir o governo, e vocês duas devem estar se desincompatibilizando para disputar as eleições. Quero assumir o compromisso de manter o mesmo zelo com essas obras e desejo que a padroeira de Mossoró, Santa Luzia, ilumine os seus projetos", discursou.

Em seguida falou o ministro das Cidades, Márcio Fortes. Ele destacou as cobranças de Iberê e Wilma para que as duas obras saíssem do papel e que, ao receber a informação do presidente Lula de que seria lançado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o país ia mudar. "O presidente me falou que sofreu com falta de habitação, de saneamento e transporte e que não queria que os brasileiros passassem mais por isso. O PAC é um realizador de sonhos que não só melhora a vida das pessoas como gera empregos", relatou.

O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, disse que, se o governante do Brasil fosse outro, o complexo viário não sairia do papel pelo fato de a prefeita Fafá Rosado (DEM) ser de um partido adversário. "Lula não olha para partido e isso tem beneficiado a todos neste país. Por isso que sempre digo que não podemos voltar ao passado", declarou.

Na sequência, quem falou foi a governadora. Ela teceu elogios ao presidente Lula e destacou a importância das duas obras. "Até nossos adversários sabem que o presidente Lula foi o maior que o Brasil já teve. Vejo os adversários dele em Mossoró dizendo que ele não trás nada para Mossoró. São mais de R$ 70 milhões em investimentos do PAC e do Governo do Estado. Temos hoje a avenida Rio Branco, que é um exemplo de que não podemos radicalizar em nada. A prefeita estava em dificuldades para fazer a obra, e o governo concedeu 70% dos recursos, e agora temos o Complexo da Abolição. Contamos com o apoio do ministro Alfredo Nascimento, que foi sensível ao Rio Grande do Norte. Também tivemos o apoio da ministra Dilma para incluir esta obra no PAC", lembrou.

A governadora também afirmou que está trabalhando para obter recursos para investir na recuperação da tubulação dos canos que abastecem a cidade. "É uma obra que não tem visibilidade, mas que beneficia a todos", completou.

A ministra Dilma Rousseff encerrou a rodada de discursos elogiando a governadora Wilma de Faria. "Quem dera termos em cada unidade federativa uma administradora como Wilma, que está sempre em busca de recursos para viabilizar obras de infraestrutura", frisou.

Ela disse que as obras do PAC só são possíveis por causa do pagamento da dívida do Governo Federal com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "O governo está trabalhando para melhorar a vida das pessoas, sem olhar para partidos. Estamos agindo de maneira republicana com os prefeitos, seja de onde eles forem", concluiu.

Presidentes

Ainda estiveram presentes no palanque a deputada federal Sandra Rosado (PSB), o senador Garibaldi Filho (PMDB), o presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria (PMN), o deputado federal João Maia (PR), a deputada estadual Larissa Rosado (PSB), o deputado federal Henrique Alves (PMDB), a prefeita Fafá Rosado, a deputada federal Fátima Bezerra (PT), o presidente da Câmara Municipal, Claudionor dos Santos (PDT), e o deputado federal Betinho Rosado. Abaixo, nas cadeiras, estavam os vereadores Genivan Vale (PR), Francisco José Júnior (PMN) e Lairinho Rosado (PSB), além do deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM).

Dilma Rousseff desmente declarações de Lina Vieira e evita falar sobre interesses políticos em acusação

Já na entrevista coletiva, a ministra Dilma Rousseff desmentiu as informações dadas pela ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira de que ela teria pedido a então comandante do fisco nacional que apressasse as investigações sobre o presidente do Congresso Nacional, José Sarney. "Não sou responsável nem pela indicação, nem pela saída de Lina Vieira. Minha relação com ela foi burocrática", acrescentou.

Ela também evitou afirmar que a postura de Lina Vieira tenha motivações políticas. "Não vou fazer nenhuma avaliação sobre questões subjetivas", completou.

União

Questionada se uma de suas missões na visita a Mossoró seria o trabalho para unificar a base do presidente Lula no Estado, a ministra tratou o questionamento com ironia: "Só se o presidente fosse muito burro para querer a base esfacelada seja em que lugar for. Vim cumprir uma agenda administrativa, mas se puder colaborar nos entendimentos o farei", disse.

Complexo viário pode se chamar Aluízio Alves

Coube à prefeita Fafá Rosado (DEM) iniciar a rodada de discursos. A chefe do Executivo municipal sugeriu que o nome do complexo viário fosse "Ministro Aluízio Alves".

A prefeita aproveitou a data de ontem que marcaria o aniversário de 88 anos do político que foi governador, deputado federal e ministro de estado em duas ocasiões. "Foi uma pessoa que honrou o nosso Rio Grande do Norte e merece esse reconhecimento", justificou.

A prefeita agradeceu ao trabalho de toda a bancada federal do Rio Grande do Norte e ao ministro Alfredo Nascimento. "Esse é um sonho antigo de Mossoró. O que temo hoje é o que chamávamos de rótula que servia para sair da cidade, mas que agora já está dentro de Mossoró. Não podíamos deixar de fazer uma obra dessas, porque sei que as pessoas que perderam filhos em acidentes nessas áreas estão felizes. A bancada federal pegou a mão de Fafá nessa luta que também foi encampada pelo ministro Alfredo Nascimento", concluiu.

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