Defesa

A acadêmica de Direito, Talizy Thomaz, divulga nota em que apresenta sua versão para o flagrante que sofreu da Justiça Eleitoral e da Polícia Federal, quando em seu carro foi encontrado um estoque de material gráfico difamatório contra o prefeito e candidato, Francisco José Júnior.

Confira a Nota:

Venho, oficialmente, através desta nota pública, esclarecer um fato ocorrido no dia de ontem, envolvendo minha pessoa e alguns correligionários de partidos que disputam a eleição suplementar de Mossoró. Reputo importante tal manifestação pública, a fim de repor a verdade e por fim, de uma vez por todas, às especulações, algumas maldosas e outras precipitadas, veiculadas em redes sociais e blogs do Estado.

Primeiramente, é preciso afirmar que sempre me portei de forma serena, educada e respeitosa em minha vida social, familiar e profissional, e assim o faço por entender a harmonia e educação como berços civilizatórios do homem e da cidadania.

Ontem fui surpreendida, quando seguia para a minha residência, com três carros que atravessaram em minha frente, impedindo meu sagrado direito de ir e vir, e, em ato contínuo, com um homem de nome Alexandre, juntamente com outros quatro, “ordenando”, truculentamente, que baixasse o vidro do veículo. Assustada, pensando está sendo vítima de uma delinquência social, cumpri a “ordem”. Em seguida, essa pessoa identificou-se como policial, muito embora nem estivesse fardado, nem tão pouco em viatura policial.

Surpresa maior foi vê-lo ingressar no interior de meu veículo, sem minha autorização ou ordem judicial de busca e apreensão, e subtrair panfletos que lá estavam, e que os levava para submetê-los a uma análise jurídica, juntamente com advogados da área eleitoral.

Com a formação do tumultuo, a pessoa de Alexandre passou a apontar sua arma para populares que questionava a legalidade de sua ação, numa verdadeira agressão a todos os postulados do Estado Democrático de Direito.

Em seguida, a Justiça Eleitoral chegou ao local e, inaugurando a terceira surpresa da noite, o rapaz que havia invadido meu carro e subtraído os panfletos em minha posse, de arma em punho, não teve sua prisão imediatamente decretada, já que o ato estava em pleno estado de flagrância.

Os panfletos que portava reproduziam matérias jornalísticas que circularam em todos os jornais de Mossoró, além de outros tantos do Estado, dando conta de operações da Polícia Federal, da Polícia Civil e do Ministério Público, simbolizadas na literatura criminal como “operação sal grosso” e “operação Vulcano”. Portanto, são lícitos e de livre circulação, não havendo nenhum dispositivo legal que impeça tal fato.

Não distribui ou divulguei qualquer desses panfletos, mas poderia fazê-los se assim fosse autorizado pelo jurídico que nos assessora, após a análise técnica dos mesmos. Este era o motivo de está de posse de tais documentos.

Sou uma cidadã livre, vivendo numa democracia, onde a regra é o direito de ir e vir, de liberdade de expressão, ideológica e política. Tenho o direito, inalienável, de investigar a vida de todo e qualquer postulante a cargo eletivo e divulgar seu curriculum à sociedade. Tal exercício de cidadania permite aperfeiçoar a democracia, instigar a uma crítica política mais refinada, convocar a uma reflexão social e permitir à sociedade uma escolha mais livre e sóbria sobre os assuntos políticos de nosso país.

Dou por encerrado esse episódio, triste pelo cerceamento de minha liberdade de ir e vir e de expressão, mas que de cabeça erguida e ciosa de meus direitos, apresento a toda a sociedade, especialmente à minha família e amigos.
Talizy Thomaz.

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