Desvios de água em adutoras provocam prejuízo de R$ 10 milhões
Nos últimos oito meses, os desvios de água registrados no sistema adutor do Estado geraram um prejuízo estimado em R$ 10 milhões para a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).
A TRIBUNA DO NORTE fez o cálculo: se for levado em conta a tarifa mais cara cobrada pela companhia – R$ 2,40 por cada mil litros de água – o volume roubado ultrapassa a marca de quatro bilhões de litros de água, mesma quantidade consumida por toda população natalense em 20 dias.
Por causa dos desvios, a oferta de água foi reduzida a menos da metade em alguns municípios. O Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Militar auxiliam a Caern no combate ao crime e algumas prisões já foram efetuadas.
De acordo com o presidente da Caern, Yuri Tasso, os chamados “gatos” ocorrem em todas as adutoras que abastecem o Estado, com destaque nas adutoras Monsenhor Expedito e Sertão Central Cabugi. Em apenas um único caso, o prejuízo da Caern foi de R$ 100 mil. “O proprietário de uma fazenda fez esse desvio. O prejuízo não é apenas para a Caern. Quem perde mesmo é a população que fica prejudicada com o abastecimento”, ressaltou.
Muitos proprietários rurais danificam os equipamentos dos sistemas de abastecimento para retirar água potável para atividades como irrigação ou para encher reservatórios privados. Não há números oficiais. A Caern não soube informar quantos desvios já foram detectados desde que uma fiscalização mais rigorosa foi iniciada, há oito meses.
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